sexta-feira, 20 de junho de 2014

1ª Partida

Acabei deixando de lado as publicações deste Blog, mas resolvi pelo menos fazer mais algumas publicações para finalizar essa empreitada, para ter um começo, meio e fim, isto é, a reforma, a montagem e o carro finalizado. Sei que não existe carro finalizado, existe o carro naquele momento, pois sempre inventamos algo para ser substituído ou melhorado, mas gostaria de mostrar pelo menos até uma configuração que acredito ser um equilíbrio entre rua e pista, sem quebras ou pelo menos sem grandes quebras.

Vou retomar a partir da instalação do motor e da injeção.

A injeção escolhida foi a InjePro EFI light. Foi meio que por acaso, pois pesquisava sobre injeções, suas características e valores, acompanhava o Blog do Coxa (coxa455.blogsppot.com.br), e como ele já utilizava vários equipamento da InjePro, acabei me simpatizando com a marca. Então resolvi ligar lá, e quem me atendeu foi o Eduardo, um cara super gente fina e conversando com ele, disse que estava interessado em adquirir o módulo mas que também gostaria de fazer um curso sobre instalação e programação, pois sou eu que mexo no carro, ele disse que teria um curso dentro de 2 semanas e que ainda tinha vaga, não pensei duas vezes, fiquei lá 1 semana junto com os caras, acompanhando o dia a dia da oficina e a noite fazendo o curso. Hoje digo sem dúvida alguma que o sucesso de um bom carro é o conjunto: mecânica + eletrônica + acerto, pois acompanhando o pessoal vi várias vezes eles atendendo mecânicos com supostos problemas com a injeção, e, depois de muita conversa, descobriam que o problema estava no sistema de ignição, ou nos bicos, ou em "gap" de vela, enfim, o problema quase sempre era em componentes ou na programação.

Esta é a 1ª turma do curso da InjePro, em Cascavel.

O segredo de uma boa instalação da injeção é respeitar os princípios básicos da elétrica e eletrônica automotiva, isto é, bom aterramento, fios bem dimensionados, conexões firmes, separar os fios de sinal de fios positivos, usar o mínimo possível de emendas etc. Quem for instalar uma injeção, e não tem conhecimentos de elétrica e nem eletrônica automotiva, sugiro que aprenda antes de se aventurar, pois para queimar um módulo de injeção é muito fácil, seja ele qual for.

Este é o famoso "cheirozinho", um motor AP montado 
numa bancada móvel para apresentações e cursos.
Ele sofreu bastante, foram diversas programações partindo do zero, 
programando com e sem distribuidor.

Uma coisa importante que vi no curso, foi o dimensionamento da linha de combustível, há muitos carros que trabalham com 2, 3 ou até mesmo 4 bombas de combustível, onde se juntam numa única mangueira até a flauta, quando utilizam apenas uma bancada, isso acaba estrangulando toda a vazão da bomba, isto é, tem pressão mas não tem vazão. No meu caso escolhi uma bomba da Dinamica que tem vazão para alimentar aproximadamente 400 a 450cv, mas deixei uma outra linha semi pronta, caso futuramente eu venha aumentar a cavalaria. 

Aqui em fase final de montagem. Turbina HX 40, intercooler e admissão EFI.


Primeira partida
Este é o link para o video da primeira partida.


Aqui já todo montado e rodando.

Detalhe do painel e console internos.

No próximo posto colocarei informações detalhadas sobre a programação da injeção e como foi a passagem do carro no dino.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Preparação Passat - Motor (parte 2)

No desenvolvimento do meu projeto, surgiu uma questão muito importante: utilizar apenas junta de metal ou junta de metal com o-ring? Ai fui pesquisar e ouvir experiências de alguns preparadores, e cheguei na mesma conclusão dos pinos do vira, isto é, utilizar a junta mais o o-ring como "seguro" para que não ter problemas com a vedação do bloco com o cabeçote, do necessidade propriamente dita, claro que um problema na vedação do cabeçote é menos grave que um problema na chaveta do vira, mas um problema na vedação também acaba ocasionando despesas e perda de tempo. 

Ha dois tipos o-ring utilizados na preparação:


1. O tipo que utiliza anéis grossos, de latão ou bronze, e são posicionados nas quinas dos cilindros e a junta é a de "papelão" trabalhada. Está imagem retirei do blog do Coxa e é um kit (o-ring e junta) vendido pela Hot Flow. O bom desse tipo de o-ring é a resistência a grandes pressões, mas, em contra partida, o risco de marcar e "estragar" o cabeçote é maior, pois com o aperto de 11kg pode deformar o cabeçote.


2. O outro tipo é a utilização de anéis finos posicionados em canaletas feitas próxima a quina do cilndro. O bom desse tipo de o-ring é que ele não deforma ou estraga o cabeçote, mas, em contra partida ele não suporta grandes pressões. Quando digo grandes pressões, segundo experiências de preparadores, seriam pressões que gerariam mais de 600 a 700 cv, ou mais. Como meu objetivo é um carro de rua que possibilite "brincar" periodicamente em arrancadas, acho que essa segunda opção atenderá perfeitamente.


Acredito que o caminho ou o processo é muito mais enriquecedor do que simplesmente chegar no destino, por isso, com a ajuda do Pingão (meu irmão), fizemos a ferramenta para que fosse possível fazer a canela no bloco, onde seria acomodado o o-ring. Após alguns testes em um bloco MD antigo, estava "habilitado" para fazer no bloco definitivo.


Detalhe das canetas prontas. 


Anéis colocados nas canaletas. Os anéis tem diametro de 1mm e as canaletas tem a profundidade de 0,8  mm, portanto, a junta receberá uma pressão extra de 0,2mm do fio de cobre. 


Detalhe do bloco pronto para receber o cabeçote. Segundo o fabricante dos prisioneiros, Sapinho Cambios Especiais, o aperto final dos prisioneiros é de 11Kg.


Visão geral do motor depois de montado. 

No próximo post vou falar sobre a confecção do chicote e instalação da injeção.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Preparação Passat - Motor

Normalmente as pessoas se preocupam muito ou apenas com a preparação do motor, esquecem que além do motor é preciso atenção com o cambio, com a suspensão, os freios, enfim, é preciso repensar o carro como um todo, dependendo da performance que se busca.
Agora vou falar um pouco do motor. O motor que escolhi é o AP 2.0 do Santana 96, aquele que utiliza o coletor EFI e os bicos injetores são posicionados no cabeçote e não do coletor de admissão. Embora bloco seja muito semelhante ao bloco original do Passat 1980, o saudoso MD 1.5, há vários detalhes que precisam atenção, principalmente para os sensores, pois meu objetivo é manter a injeção eletrônica do Santana, mas utilizando um injeção programável, e a escolhida foi a InjePro EFI light.


Bom, além de um retifica criteriosa, seguindo todas as folgas determinadas pelos fabricantes, como mancais, pistões, bielas etc., é fundamental que as peças do motor esteja muito bem limpas e examinadas para que não tenha nada fora da medidas. Além disso o capricho na montagem também é fundamental.



Um cuidado que poucas pessoas tomam é o balanceamento do conjunto. Um conjunto balanceado contribui e muito para que não haja desgastes nas bronzinas, claro que um mal acerto, excesso de ponto e outros detalhes acabam condenando prejudicando as bronzinas, mas tomando todos os cuidados um motor preparado pode durar muitos quilômetros. Outro cuidado que tomei foi o de fazer esses dois pinos em aço para travar a engrenagem do vira, pois dependendo da potência ou do pico de potência que o motor atinge, há o risco da chaveta ser decepada. Os pinos também foram feitos junto ao volante, também contribuindo para que o volante não decepe os parafusos, e acredite isso pode acontecer.


Acompanho frequentemente o blog do Coxa (Rodrgio Kühl) coxa455.blogspot.com.br , onde ele publica o desenvolvimento do Passat dele e informações sobre arrancada, e uma vez em uma etapa do ECPA, ele publicou uma foto onde mostrava os parafuso do volante decepados. Claro que eu não busco 800cv no meu motor, mas eu considero isso mais como um seguro, pois quem monta um motor semelhante a esse sabe que perde-lo porque uma chaveta foi decepada e acabou atropelando valvula, sabe que todo cuidado é pouco, e vale a pena. O balanceamento e a adaptação dos pinos foram feitos pela Retsam, em São Paulo.


Vou manter a cilindrado do motor, utilizarei pistões AFP 2.0 para turbo e bielas SPA. Bronzinas serão originais com medidas 0,25.


Outro cuidado será com a vedação do cabeçote com o bloco. Utilizarei junta de ferro original da VW, prisioneiros do Sapinho e oring, mas isso irei detalhar no próximo post.

Nesse período que estive ausente, tive o prazer e a sorte de participar do 1º curso de instalação e acerto da InjePro, mas também isso ficará para outro post, onde detalharei a instalação de uma injeção programável, seu chicote e, finalmente, o acerto.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Preparação Passat - Cabeçote

Em uma preparação o cabeçote é uma peça de extrema importância. Um cabeçote mal preparado mata literalmente qualquer preparação, e um cabeçote bem preparado contribui e muito para o resultado final. Há várias retificas que preparam cabeçote, mas não há muitas que preparam corretamente, isto é, que consideram o objetivo do projeto: se é para rua, se é para pista, se é misto, se é para circuito etc. No meu caso será um cabeçote para turbo de rua, onde o objetivo foi fazer com que tivesse uma exaustão bem eficiente.



O responsável pela preparação foi o Marquinhos, da FortHeads de Bauru. Uma excelente pessoa e profissional, prepara cabeçotes há muitos anos. Quem tiver interesse é só pedir que passo o contato.


Detalhe do trabalho feito para que o comando funcione perfeitamente. Tucho mecânico.


As válvulas utilizadas foram as nitretatas 40 na adimissão e 35 na escape, medidas originais do cabeçote 2.0.


O cabeçote que escolhi para a preparação foi o que equipa os GTIs e Santanas da segunda geração dos injetados. Escolhi esse cabeçote por ter os bicos no próprio cabeçote e, consequentemente, ter maior eficiência na pulverização do combustível. 


Detalhe do duto de adimissão. Trabalho de escultor.


Detalhe do duto de escape... nem se fala.



O comando escolhido foi um 276/276 da Samcans. A escolha deste comando foi feita por dois motivos: 1º por ser uma carro de rua, e 2ª porque mais não quer dizer mais, necessariamente.


Neste final de semana iremos fechar o motor e postarei detalhes das peças explicando o porque da escolha e dicas de fechamento e preparação.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Restauração e preparação do Passat - 2

Agora o Passat foi para a área da montagem propriamente, tiramos ela da área da pintura para a mecânica, e lá receberá todas as peças, desde tapeçaria, vidros e toda a mecânica. 


A tapeçaria do teto e das colunas são novas. Os forros das portas e da traseira são originais e estão em excelente estado, depois postarei fotos delas.


Visão geral do Passat



Essa foto mostra detalhe da suspensão traseira. Antes da restauração o Passat já tinha freio a disco nas 4 rodas, herdado de um Passat 95. Para instalar do kit do freio tivemos que adaptar a manga de eixo, pois a original do Passat alemão tem o preço dos rolamentos muito alto, compensando adapta-los na manga de eixo original do Passat antigo. Outra adaptação foi no disco, pois o do Passat alemão tem 5 furos e do nacional 4, mas nada que um torneiro não resolva.
As molas são esportivas da Macaulay e os amortecedores originais.




domingo, 19 de maio de 2013

Restauração e preparação do Passat

Nesta semana foi concluído a pintura e foi iniciada a montagem do Passat. A montagem será feita com calma, sem atropelos, para que tudo fique bem montado.

José Carlos dando a primeira demão. 

Mantive a cor original do ano, branco Paina 1980, mas entre sintético e PU preferi PU.




Aqui algumas imagens do carro já pintado. Ficou muito caprichado, valeu José!

Foi utilizado KPO nos lugares onde haviam calafetações e RPT por baixo dos assoalhos, tudo de primeira. Nos próximo post colocarei algumas imagens da montagem do carro.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Restauração da Variant

Essa foi uma restauração da Variant do nosso amigo Marquinhos. Muito bonita essa Variant.